Após oito municípios baianos dispensarem o uso de máscaras em locais
abertos e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), sinalizar favorável à medida
na capital, o governador Rui Costa (PT) descartou acabar com a obrigatoriedade
do item de segurança na Bahia, neste momento, e pediu cautela.
“Nós vamos acompanhar,
nós ainda temos cerca de 1.500 pessoas contaminadas, e temos cerca de 110
pacientes ainda na UTI. Significa que o vírus ainda está circulando. 1500
pessoas, já que os municípios praticamente não estão fazendo mais exame,
significa que o número é maior do que esse, já que não faz exame”, argumentou o
petista, nesta terça-feira (29).
Reforçando a
importância da vacina para a diminuição dos casos mais graves, Rui insistiu em
“aguardar ainda um pouco mais os números baixarem” para que o governo tome uma
decisão sobre a liberação ou não das máscaras.
Questionado sobre se os
prefeitos que desobrigaram o item em suas cidades estariam descumprindo decreto
estadual, Rui Costa negou. “Não, não está indo contra. Eu acho que, assim, o
julgamento do STF [Supremo Tribunal Federal] dá liberdade para os entes
federados tomarem a decisão”, argumentou o governador, que disse não querer “criar
polêmica” em torno do assunto e reafirmou que só irá flexibilizar “quando
entender que é seguro para população”.
“Se algum prefeito ou
prefeita considera seguro, ele está tomando a medida. Eu acho que ainda não há
segurança, portanto, a gente vai aguardar um pouco mais para decidir”, concluiu
Rui.
Fonte: Bahia/ba (Jamile Amine / Mattheus Miranda).