A cantora Baby do Brasil precisou deixar o palco mais cedo na última sexta-feira (22), em Salvador, após dizer que não queria falar de política. A pouco mais de uma semana para o segundo turno da eleição do novo presidente do país, o público não recebeu bem o comentário da cantora e respondeu com vaias, objetos jogados no palco, e manifestações a favor do ex-presidente Lula (PT). 

Cantora convidada para a abertura da temporada de shows do carnavalesco "Bailinho de Quinta", no Pátio São Joaquim, Baby teve a apresentação marcada por um público que se recusou a dançar e cantar mesmo suas interpretações mais aclamadas, como "A menina dança" e "Menino do Rio". 

Após as primeiras músicas da apresentação, Baby afirmou: "Chega de falar de política" e, a partir de então, não conseguiu mais conduzir o show. Após a declaração, o público começou a fazer o "L" de Lula, cantar "Olê olá, Lula" e vaiar a cantora em todo intervalo entre duas músicas. 

Depois de ignorar as críticas, a cantora disse que uma das pessoas próxima ao palco "perdeu as estribeiras por causa de política" e cantarolou — "Em nome de jesus, eu te perdôo". 

Com a tensão maior, por volta das 23h, chegaram a jogar uma garrafa de cerveja no palco. A cantora se defendeu afirmando ser "Mãe de 3 e vó de 6", tentou ainda recuperar o show cantando músicas conhecidas e animadas, mas terminou deixando o palco antes da hora, sem se despedir. Após sua saída, o guitarrista e vocal do Bailinho de Quinta, Graco Vieira, pediu por respeito. 

Pouco depois de deixar o palco, na sexta, a cantora recebeu a notícia da morte de Luiz Galvão, poeta e fundador dos Novos Baianos. "Um silêncio espiritual se fez presente onde eu me encontrava com a minha produção. Ouve uma parada no tempo… gravei uma mensagem em profundo sentimento de amor para a esposa e filhos, pois esse é um momento muito marcante, e forte, do nosso Joãozinho Trepidação, o Galvis, o Poeta dos Novos Baianos, fazendo a “Passagem” para o lado de lá!", escreveu em publicação no Instagram. 

Foto: Reprodução/Vídeo/Metropress.

Por: Geovana Oliveira e Adele Robichez.